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Independentemente da questão estética, o fato é que o inchaço abdominal é bastante incômodo, não é mesmo? Inclusive, muitas pessoas têm a sensação de inchaço mas, visivelmente, a barriga não está maior do que o normal. Mas, seja qual for a causa do também chamado abdômen distendido, ou distensão abdominal, é muito importante investigar corretamente e atuar na mitigação do problema.

 

As causas são bastante variadas e elencamos 5 principais delas. Confira:

 

1: Gases

 

Os gases são um dos motivos mais comuns para o inchaço abdominal e boa parte dessa condição é devido ao consumo de alimentos que possuem oligossacarídeos. Eles são um  um tipo de carboidrato que não é digerido pelo suco digestivo humano, e, preferencialmente, são metabolizados no cólon por bactérias importantes para a flora intestinal, Elas, por sua vez, produzem gases, como o CO² e o metano. 

 

Ou seja, são alimentos necessários para o organismo mas que, em algumas pessoas, o consumo pode gerar esse desconforto. Dentre os alimentos que costumam provocar gases, seja pela presença de oligossacarídeos ou outros componentes, estão o feijão, farelo de trigo, cereais, alho, repolho, couve-flor, milho, brócolis, aspargos e batata. 

 

Por isso, é sempre importante se avaliar bem, verificar se o aumento de gases é recorrente após a ingestão de determinados alimentos e conversar com seu médico para verificar como compor uma dieta equilibrada, que não provoque esses sintomas, mas que você também não deixe de ingerir componentes importantes para a sua saúde. 

 

2 – Prisão de ventre

 

Outra origem bastante incômoda é a famosa prisão de ventre, ou constipação intestinal. Nesse caso, não se trata apenas de algo desconfortável, pois, de fato, não ter um bom fluxo intestinal é prejudicial para o nosso organismo. 

 

Em algumas pessoas, a constipação costuma ocorrer devido à movimentação mais lenta das fezes pelo intestino, que pode ter origem no uso de alguns medicamentos, condições orgânicas, disfunções do assoalho pélvico, pouca ingestão de água, dieta pobre em fibras, sedentarismo, uso abusivo de laxantes, estresse, dentre outras causas.

 

Na maior parte dos casos, a prisão de ventre não tem uma origem grave e pode ser tratada com mudanças de estilo de vida, adquirindo hábitos saudáveis. Porém, dependendo da recorrência e do insucesso de resolução com os tratamentos principais, é sempre importante investigar. Isso devido a possibilidade do problema estar relacionado a doenças mais graves, como tumores no intestino ou doenças neurológicas. 

 

3 – Retenção de líquido

 

A retenção de líquido costuma ser causada por disfunções, como manter uma alimentação rica em sódio, sedentarismo, problemas de circulação, hipertensão, dentre outros fatores. 

 

Uma das principais maneiras  indispensáveis para prevenir e tratar a retenção de líquidos é a ingestão diária de bastante água — ao menos 2 litros por dia. Quanto mais água for ingerida, mais toxinas podem ser liberadas pela urina. Já no caso dos alimentos, uma boa medida é caprichar nas frutas que possuem ação diurética, como abacaxi, melancia, maçã, melão, pera, coco e limão.

 

Já com relação às demais causas de origem mais perigosa, como a hipertensão e deficiência de circulação, é fundamental passar por uma avaliação médica e fazer os tratamentos indicados. 

 

4 – Gordura abdominal

 

Pode parecer muito óbvio nencionar essa causa, mas é importante destacá-la. Muitas vezes o incômodo da barriga não se deve a nada mais do que o excesso de gordura na região. Nesse caso, é preciso entender, inicialmente, o que tem contribuído para o ganho de peso, fazer os exames preventivos e atuar com a fórmula que é insubstituível para o controle de peso, além de outras medidas extras que possam ser indicadas apenas por um profissional da saúde: manter bons hábitos alimentares e praticar exercícios físicos regularmente. 

 

É importante também levantar o tipo de gordura que está na região do abdômen. O maior perigo está no chamado tecido adiposo visceral (VAT), mais conhecido como gordura visceral, um tipo de gordura que se envolve em torno dos órgãos da região do abdômen, diferente daquela gordura subcutânea, que é aquela que se acumula logo abaixo da pele. Estudos indicam que a gordura visceral aumenta as chances de doenças cardíacas, colesterol alto, diabetes e derrames. 

 

5 – Transtornos no intestino

 

Já deu para reparar o quanto os distúrbios e doenças gastrointestinais são grandes responsáveis pela sensação de inchaço no abdômen, né? Por isso, trazemos aqui mais algumas causas que estão relacionadas à função do nosso organismo.

 

É o caso da síndrome do intestino irritável (SII), um distúrbio funcional dos intestinos que provoca reações como a sensação de barriga inchada, cólicas abdominais, maior liberação de gases e mal estar. Mas, fisiologicamente, não apresenta nenhum tipo de lesão no intestino. 

 

Outro transtorno é a doença celíaca, uma doença imunológica que provoca inflamação no intestino delgado devido à ingestão de glúten, uma proteína presente no trigo, na aveia, no centeio e na cevada. Quando ocorre essa inflamação, pode causar dor e aumento de produção de gases. Por isso, toda pessoa que é acometida pela doença celíaca precisa retirar da dieta qualquer alimento que contenha glúten. Com essa retirada, os sintomas são cessados. 

 

Mais um exemplo de distúrbio gastrointestinal é a intolerância à lactose, causada pela incapacidade, seja de forma parcial ou completa, do corpo digerir o lactose, o açúcar do leite, devido à falta de lactase. Com isso, a lactose chega ao intestino de forma inalterada e é fermentada por bactérias que produzem gases, causam retenção de líquidos e ainda provoca cólicas e diarreias. 

 

Fique de olho na sua saúde: mantenha um estilo de vida saudável, faça seus exames preventivos e, em caso de qualquer problema recorrente, converse com o seu médico. 

 


Fontes: https://www.mdsaude.com/gastroenterologia/barriga-inchada/  ; https://www.embrapa.br/documents/1355202/1529289/Componentes+do+gr%C3%A3o+de+soja+e+seus+efeitos+na+fisiologia+humana.pdf/e53a219a-f981-1751-3f70-88176f4e2be2 ; https://drauziovarella.uol.com.br/angiologia/dicas-para-evitar-a-retencao-de-liquidos/ ; https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/sintomas-de-dist%C3%BArbios-digestivos/gases
https://www.cnnbrasil.com.br/saude/medidas-da-cintura-e-do-quadril-podem-indicar-riscos-de-desenvolver-doencas/ 

https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/intolerancia-a-lactose/ 

 

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