Para quem adora um docinho, é difícil resistir, não é mesmo? Inclusive, a ciência explica que existe um processo químico em nosso organismo ao processar os açúcares que justifica a satisfação de comer um doce. Porém, é necessário ficar atento, pois o excesso de açúcar traz uma série de riscos para a nossa saúde.
O açúcar está presente em diversos alimentos, como frutas, cereais, massas, bebidas e nos produtos industrializados em geral. Atualmente, a Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo de 25 gramas de açúcar por dia, o que equivale a 5% das calorias diárias, e uma quantidade máxima de 50 gramas.
Porém, o brasileiro consome em média 80 gramas de açúcar, 50% a mais que o recomendado, o que corresponde a 18 colheres de chá por dia. Desse consumo, 64% vem do açúcar que adicionamos nos alimentos, como ao adoçar o chá ou o suco. Já os outros 36% vem dos alimentos industrializados. Vamos agora entender os problemas desse excesso:
A chegada do açúcar no organismo
O problema começa com o tipo de açúcar presente nos alimentos industrializados, na mesa para adoçar e nas receitas de bolos, pudins, entre outros. É o açúcar branco, refinado, assim como a farinha ou arroz branco. Todos esses alimentos são considerados carboidratos simples, sem os demais componentes que compõem os alimentos integrais, como fibras e minerais.
Dessa forma, esses alimentos ricos em carboidratos simples são metabolizados de forma muito mais rápida do que os que possuem carboidratos complexos, como é o caso das frutas, arroz ou pão integrais, e cereais integrais de maneira geral. De maneira simplificada, a gente pode dizer que o alimento integral “dá mais trabalho” para o seu corpo até ele conseguir transformá-lo em glicose, enquanto que, com o refinado, esse processo é muito mais rápido.
Conforme aumenta a taxa de glicose no sangue após ingerir um doce, quem entra em ação com bastante trabalho a fazer é o pâncreas, que produz a insulina responsável por metabolizar a glicose. A alta quantidade de insulina faz com que o nível de glicose baixa, e você volta a sentir apetite. Por isso que ocorre aquela famosa fome pouco tempo depois da macarronada de domingo.
Riscos do excesso de açúcar
Com o consumo de carboidrato em excesso, o nosso corpo armazena uma parte desses carboidratos nas células em forma de um composto chamado glicogênio, e converte o restante em gordura. Por isso, o excesso de açúcar está diretamente ligado ao sobrepeso e à obesidade.
Devido à sobrecarga de trabalho que provoca no pâncreas, o excesso de açúcar também está relacionado ao desenvolvimento do diabetes tipo 2. E os problemas não param por aí. Confira outros transtornos que pode causar na saúde:
- Aumento de cáries nos dentes: o açúcar é um dos alimentos preferidos das bactérias na boca que provocam a cárie;
- Fator de risco para o câncer: o excesso de insulina no corpo pode contribuir para o crescimento de celular de forma desordenada, o que favorece a formação de um tumor;
- Riscos para o sistema imunológico: o consumo de açúcar em excesso altera a flora intestinal, que por sua vez tem um importante papel para o desenvolvimento da nossa imunidade. O excesso de açúcar elimina bactérias benéficas e aumenta a população das que são nocivas;
- Diminui a absorção de magnésio e cálcio: dessa forma, aumenta-se o risco de osteoporose;
- Pode provocar envelhecimento precoce: isso devido ao aumento de radicais livres provocados pelo excesso de açúcar.
- Favorece a depressão: o consumo de carboidratos simples, como pães, biscoitos, e bolos, envia uma mensagem rápida para o cérebro, que converte essa glicose em serotonina, o neurotransmissor que provoca a sensação de bem-estar. Por isso, o cérebro “vicia” em açúcar. E quando ocorre a queda da glicemia, o corpo sente falta. Diante dessas oscilações, o estado de humor também fica vulnerável.
Para evitar esse vício no açúcar e proteger a sua saúde:
- Priorize pelos alimentos in natura e evite os industrializados;
- Consuma frutas diariamente, pois são fontes de frutose, o açúcar saudável para o organismo, além de vitaminas e outros nutrientes;
- Invista nos carboidratos complexos, como os grãos integrais do arroz e do trigo, aveia, quinoa, leguminosas, como feijão e grão de bico, e tubérculos como mandioca, batata-doce e inhame.
- Se precisar adoçar, prefira o açúcar mascavo ou demerara, que possuem vitaminas e minerais preservados, ou adoçantes naturais, como stévia ou xilitol. E sempre com moderação.
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